sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Moda Aberta (História da Moda)

Tal como se organiza sob nossos olhos, a moda já não encontra seu modelo no sistema encarnado pela moda de cem anos”, diz Lipovetsky, ao anunciar o capítulo sobre moda aberta de seu livro: O Império do Efêmero. E de fato muitas mudanças ocorreram nesta que foi considerada uma nova fase da história da moda.

A 'moda de cem anos' caracterizada pela alta-costura começou a dar lugar ao prèt- a-porter, “o luxo supremo e a moda separaram-se” como fala o autor. Uma produção industrial de roupas, inspiradas em tendências, cada vez mais se estabelecia, e se por um lado não tinha o acabamento da alta-costura, colocava novidades nas ruas, e mesmo que nos primeiros anos tenha sido pouco criativo, o prèt-a-porter a partir dos anos 1960 traria cada vez mais inovação. A alta-costura não estagnou-se nos anos de transição, mas inicialmente foi hostil a nova forma de se fazer moda. Mais a frente acabou por unir-se, lançando coleções.
Paralelamente ao processo de estetização da moda industrial, o prèt-a-porter conseguiu democratizar um símbolo da alta distinção, outrora muito seletivo, pouco consumido: a griffe. Com elas já não se exaltava o nome de um criador, surgindo um afastamento das normas, os criadores já não se distinguiam de seus rivais pelo nome. A criação das griffes ajudou a igualar, mas não aboliu diferenças sociais extremas.
O fim da preeminência simbólica da alta-costura tem por correlato o aniquilamento de sua clientela”, como cita Lipovetsky. Pois bem, agora uma maneira jovial, inovadora, individualista, foi estabelecida. As posições sociais já não eram o que se primava mostrar, e sim ser, estar jovem.
Esse código juvenil também contribuiu para a igualação dos sexos, uma vez que os homens buscavam cada vez mais cuidar de si. Como o autor diz: “Homens e mulheres deixam de ter comportamentos antinômicos em matéria de cuidados pessoais e de aparência; a fase da disjunção máxima dos sexos foi superada em favor de uma democratização narcísica, e isso especialmente por intermédio do imperativo juventude.” (pág 123)

Na continuidade dessa moda aberta, deu-se cada vez mais a diversidade de criações, não havia apenas um estilo, uma tendência, “nada mais é proibido, todos tem o direito de cidadania, e se expandem em ordem dispersa. Já não há uma moda, há modas.” (pág.125). E é bem isso que se nota, uma moda plural, e foi nessa época que surgiram os anti-moda; hippies, punks, rasta, new-wave, e a moda viu-se desestabilizada com essa cultura anti-conformista jovem, mas anos a frente até mesmo estes anti-moda puderam inspirar criações de moda, e o fazem até hoje.

Nessa caminhada, durante muito tempo as diferenças entre o masculino e feminino foram gritantes, e isso também fora quebrado na fase da moda aberta. Com os sporswear, vestuário de lazer de massa, as cores voltaram a integrar os trajes masculinos, e a consequente maior inclusão das mulheres no mercado de trabalho, “a divisão enfática e imperativa do parecer dos sexos se esfuma; a igualdade das condições prossegue sua obra, pondo fim ao monopólio feminino da moda e ‘masculinizando’ parcialmente o guarda-roupa feminino”, cita Lipovetsky. (pág 130).
Todas essas mudanças culminaram no que encontramos hoje, uma moda que não precisa ser cegamente seguida, temos a liberdade de criar, misturar tendências, colocar um pouco de nós nas roupas que usamos; “o que caracteriza a moda aberta é a autonomização do público em relação à idéia de tendência, a queda de poder de imposição dos modelos prestigiosos” (pág 142).

A moda continua criativa, só que agora cada um pode escolher livremente e modificá-la, imprimir personalidade nas roupas. Ela continua a despertar interesse e atração, mas a distância, sem magnetismo desenfreado. Até a próxima pessoal.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Metropolitana. (Photographic essay)

 "Metrópole, novidade, mudança. O ar urbano e moderno da cidade grande refletido em roupas de ar minimalista, porém com uma pegada rebelde."
"Metropolis, novelty, change. Urban air and modern feeling of the big city reflected in clothing minimalist air, but with a rebellious footprint."

A modelo é a estreante Giovanna Beatriz, cheia de personalidade, ela foi perfeita para as fotos.
Model rookie Giovanna Beatriz, full of personality, she were perfect for the photos.
O ensaio como disse foi feito no hotel Metropolitan. As fotos foram na cobertura e em um pequeno hall de acesso à ela.
The photographic essay was done in the Metropolitan hotel. The pictures were on the penthouse and in a small hall access.
Roupas: Blazer Michael James, Vestido Ellus, Coturno Riachuello, Saia Bianca Lessa.